Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2004

A Fábrica dos Memes

A casa rústica e ampla foi mandada arranjar pelo velho Professor Lopes da Silva para instalar aquilo que designaria por «Fábrica dos Memes», um clube de pensadores da chamada terceira idade ou quase.

 

Queria pôr aí as pessoas a pensar filosofia em termos puramente práticos e teóricos com a ideia de que a filosofia é uma espécie de consciência do saber de todos os dias, prático e teórico, a procura da resposta a qualquer pergunta sobre o que é e porque é.

 

Mas, fundamentalmente, Lopes queria descobrir os memes que povoam os circuitos neuronais e não há que escolher cérebros especiais ou muito cultos para isso; todos, sem excepção, replicam ideias culturais básicas; todos encerram em si milhares ou milhões de anos de sensações neuronais susceptíveis de serem replicadas de mente em mente e, como tal, transmissíveis nesse imenso biótopo húmido que é o meio cerebral universal constituído pelos cérebros humanos actuais, passados e futuros.

 

Chamou-lhe fábrica não tanto porque pretendesse fabricar memes ou ideias replicáveis ou produzir algo de novo, uma teoria, uma mundo-vivência ou outra coisa qualquer.

 

Não, Lopes limitou-se a reproduzir o nome de um local perto da casa, denominado «Sítio da Fábrica» por ter lá estado em tempos idos uma fábrica de tijolos sobranceira à arriba baixa que dava para um braço da ria.

 

Para justificar ainda mais o nome, foi lá buscar tijolos espessos abandonados aí em grande quantidade e fez com eles uma espécie de lareira e uns enfeites rústicos para a sala de reuniões.

Aqueles tijolos espessos eram muito antigos, provavelmente seculares, deveriam ter servido para erguer paredes-mestras muitos anos antes de aparecer o cimento armado e antes do uso de pilares e barrotes de madeira.

Aqueles inquebráveis tijolos davam paredes fortíssimas e parece que serviam também para construir qualquer coisa como lajes sólidas sobre as quais se ergueriam as casas, talvez, ou se ergueu apenas a antiga fábrica de tijolos.

Efectivamente, foi de um solo atapetado desses tijolos que o professor Lopes os foi retirar ao cair de uma noite de inverno. Quando se dedicava a esse trabalho de rapinagem pensava que aquela fábrica tinha uma justificação nos tempos em que não existiam meios de transporte terrestres, excepto o carro de bois. Daí a necessidade de estar à beira da Ria Formosa para carregar o material para barcos que o levariam a outros pontos da costa.

Os tijolos vermelhos fascinavam o professor, tal como as tijoleiras brilhantes e vermelhas. Por isso, cobriu o chão da sua «fábrica» com tijoleiras pequenas. Além disso, mandou igualmente revestir uma parede com tijolo ornamental que depois cobriu com um verniz brilhante.

Aquilo ficou lindo, segundo a sua apreciação estética, nada exigente, por sinal. Comprou mobiliário de pinho claro e arranjou uns candeeiros rústicos, tipo roda de carroça. Lopes pretendeu organizar seminários.

 

Para o efeito, enviou convites às mais diversas pessoas, tanto nacionais como estrangeiras, incluindo organizações como «clubes de leitura filosófica» ou «clubes de escrita criativa».

Queria ligar a filosofia à escrita criativa e obter um desiderato mémico nas suas palavras. O professor estava obcecado pelos memes e pelas suas paixões literárias e filosóficas. Dizia que eram tudo assuntos para gente graúda, gente com a coragem necessária para serem velhos sem se despedirem de nada do que é a vida, a começar por saberes novos.

Fascinava-o a ideia de memes juvenis em cabeças idosas ou o inverso, memes antigos em cabeças juvenis. Tanto o sentido do ser como do nada como ser ou ente também fascina qualquer cabeça e representa para todos um autêntico quebra-cabeças.

 Lopes costumava dizer nas suas aulas que aos 71 anos de idade, Kant escreveu «A Metafísica dos Costumes» e com 81 anos Goethe escreve o «Faust II», enquanto que aos 80, Verdi escreve a ópera «Falstaff». E aos 100 anos de idade, o filósofo alemão Hans-Georg Gadamer, autor de «Verdade e Método» ainda continuava a escrever, assistir a congressos, seminários e muitas reuniões internacionais. E a dizer que «a retórica é o único método filosófico», deixando assim entender a Filosofia como uma questão de memes , unidades culturais fraseadas, e nada mais.

Só os memes replicáveis, isto é, os retóricos passam e cimentam o pensamento cultural da Humanidade.

Para o professor Lopes, os memes explicam o passado e o presente, tal como revelam o futuro, já que todo o pensamento do futuro não deixa de ser a replicação de memes anteriores, eventualmente sujeitos a pequenas mutações como acontece com o código genético, ele também uma sequência de informações.

Os memes conquistaram os espaços neuronais do planeta terrestre, preparando-se para extravasarem para o espaço sideral, explicam a filosofia, nomeadamente a gnoseologia, ou teoria do conhecimento, pois os memes são isso mesmo, o conhecimento humano, e funcionam com uma lógica própria, as lógicas da filosofia, além das que se vão descobrindo pouco a pouco.

 

 - Os Memes , pázinhos, - costumava dizer o professor Lopes nas suas aulas, - são a estrutura pensante da civilização virtual que estamos a erguer com a Net, a TV e sei lá com o que mais há de vir. Reparem, pázinhos, foram os memes que levaram uns tipos nas selvas a inventar uma espécie de tambor para sincopadamente transmitir à distância um tam-tam significante.

Antes disso, deram todo o tipo de flexões às cordas vocais para emitir sons com sentido que deveriam ser replicados com fidelidade, fecundidade e longevidade de umas pessoas para outras e de gerações para gerações.

Mais tarde, arranjaram uns signos gráficos para traduzir os memes e os sons susceptíveis de serem compostos em memes . Depois vieram os sinais ópticos transmitidos à distância de torre em torre até os senhores Galvani e Volta descobrirem que o fenómeno quase inexplicável a que chamaram electricidade e que produzia uma faísca num circuito interrompido e que, estranhamente, produzia o mesmo fenómeno noutro circuito igual colocado no extremo da sala e sem que alguém tivesse tocado ou feito algo nesse segundo anel provido de um pequeno corte.

 

Os memes nunca mais pararam; saltavam por sinais Morse para passarem à própria reprodução da voz num electroíman e depois com a imagem do falante numa válvula de raios catódicos.

Chegou, enfim, o Terceiro Milénio com os Memes a povoarem o Mundo dos servidores da Net.

Pázinhos, acabava o professor Lopes por dizer, talvez em breve o sistema neuronal que temos no interior da caixa craniana deixe de ser necessário, a Net encarregar-se-á de pensar por todos os nós. Bem, pázinhos, espero bem que não, mas nunca se sabe. Lopes da Silva gostaria de conquistar para a sua iniciativa os grandes filósofos mundiais.

Para isso pôs a sua iniciativa em circulação na Internet mas ninguém respondeu, aquilo perdeu-se no mais de um milhão de documentos respeitantes às ciências do pensamento. Daí que resolveu orientar as suas actividades num sentido mais modesto, chegou a chamar-lhes Clube de Leitura Filosófica. Assim, no seu entender, em vez de um grande filósofo poderia estar um livro que seria lido e comentado pelos presentes.

 E resolveu começar pelo princípio, ou seja, a evolução mémica, o darwinismo da psique cultural.  Lopes convidou várias personagens, mas poucos vieram, alguns professores e assistentes universitários declinaram os convites com sorrisos nos lábios.

O mundo dos filósofos e pensadores desconhece os memes , é assunto da biologia e, talvez, da sociobiologia. Os memes surgem na obra de Richard Dawkins «O Gene Egoísta» como explicação da cultura em analogia com o código genético. Efectivamente, a molécula de ADN que forma o código genético é ela mesmo o conjunto das peças de informação determinante da vida.

O meme é a unidade genética do pensamento, portanto, da cultura, fazendo a analogia com o gene. Mas não se trata só de memes analógicos, mas sim da tomada de consciência que há algo de semelhante entre a construção do Mundo do Pensamento e a do Mundo Biológico, ambos fazem parte da vida e são interactivos entre si. Os circuitos neuronais são o suporte plástico do pensamento, logo foram os genes que determinaram o aparecimento dos memes .

 

Lopes da Silva resolveu  organizar um seminário. Mandou imensos convites, mas só sete pessoas responderam e predispuseram-se a participar. Lopes acabou por dizer aos amigos que o destino compôs as coisas como deviam de ser, já que sete participantes é mesmo um número correcto. O número cabalístico próprio para um seminário mémico. Com mais, as discussões tornar-se-iam impossíveis.

Preparou três computadores ligados à Internet e arranjou os quartinhos necessários na sua mansão fabril. O seminário deveria decorrer de Sábado a Sábado sob o tema «Os Memes na Formação da Mente Post-Pleistocénica».

Veio o Diogo Sotto Maior e o Luís Monteiro bem como o Luís de Almeida e o Rodrigo da Silva, além do Júlio César e duas senhoras, a Mariana e a Rita do Talho. Tudo gente da escrita, mas nenhum génio, nem sequer alguma personalidade famosa. Escreviam em blogs,  na revista «Literatura Estrela» e nalgumas publicações pouco ou nada conhecidas.

Alguns tinham publicado livros, mas à sua custa e quase sem distribuidor. Levaram as suas publicações para as trocar. Apesar da falta de sucesso dos participantes e de ninguém de fora do país ter aceite participar, não havia aí espíritos amargos, rancorosos a pretender que são uma espécie de génios, mas a sociedade, a globalização, a política, a corrupção e não sei que mais não os deixam vir à tona.

Não, nesse grupo reinou sempre um invejável optimismo e uma consciência de que o que não se consegue pessoalmente não necessita de ser culpa da sociedade.

- Eu sou o meu maior inimigo -, costumava dizer Lopes da Silva, referindo muitas das suas falhas e erros causadores de não poucos insucessos na sua vida.

 

Vieram todos com uma alegria juvenil apesar estarem na casa dos sessenta, excepto o Luís de Almeida que só tinha cinquenta e cinco anos de idade. Lopes da Silva recebeu-os de braços abertos durante todo o Sábado, informando que o Seminário começaria na segunda-feira.

No Domingo teria uma pequena reunião de apresentação mútua e depois iriam passear nas redondezas, devendo passar a fronteira e ir a Huelva e alguns sítios do Coto do Doñana.

 

Efectivamente, o Seminário começou na segunda-feira logo pelas 9 horas da manhã. Toda a gente estava bem disposta e a primeira sessão começou por um período mudo de meditação seguida da tomada de palavra por quem quisesse dizer algo. Depois o professor Lopes iria expor a sua teoria do evolucionismo da mente, seguindo-se os debates.

O silêncio instalou-se na sala, Diogo Sotto Maior olhava para o tecto de olhos semi-cerrados, pensava em algo que ninguém sabia, ou não pensava em nada, preparava a mente para receber novos memes . Fazia uma espécie de purificação mental pela ausência total de qualquer pensamento, começando por fixar a vista numa mosca. Depois quando esta desapareceu manteve os olhos fixos no local sem nada querer saber ou ouvir.

O sistema de recepção mental estava como que isento de qualquer actividade, os circuitos neuronais descansavam, aparentemente não estavam a tratar mais informação. O resto do pessoal entretinha-se na meditação nirvana, na busca do nada como era habitual nas sessões de psicologia da mente. Passados uns quinze minutos, Lopes levantou-se e muito sério disse que tinha algo de importante a comunicar, mas que só o fará depois dos presentes usarem da palavra, se assim o entenderem. O silêncio voltou à sala, ninguém quis usar da palavra. Por fim, o Diogo fez um pequeno sinal com a mão e disse.

 - Estamos à espera dos memes , eles que venham. Não sei ainda bem o que são os memes , mas imagino.

- No fundo, estava a pensar que se não tivesse fala nem qualquer tipo de capacidade de expressão digital, os memes seriam só imagens e, provavelmente, eu teria muita dificuldade em os recordar e replicar. Vejam! Na minha mais tenra infância, os meus pais ensinaram-me a falar. Um dia voltaram-se para um cão e apontaram com o dedo, dizendo cão, cão, cão. Eu deveria ter passado a dizer ão, ão, sempre que via o bicho. Terá sido um dos primeiros memes que recebi ou a nossa máquina de circuitos neuronais já traz algum software de origem?

- Tens razão, - disse, por fim Lopes da Silva.

 - A Humanidade fez uma importante descoberta, talvez a mais fundamental de todas. A de que existe uma segunda vida no nosso limitado planeta. A dos memes que povoam as mentes, o biótopo húmido, que numa dada fase da evolução das mentes humanas deixaram de estar ligadas ao modelo genético molecular dos homens e bichos. Os memes são os genes das ideias que povoam as mentes.

 

Seguiu-se outro longo período de silêncio. Os memes largados pelo professor replicaram em cada uma das mentes ali presentes.

- E os memes apareceram com a fala ou são anteriores? - Perguntou Diogo Sotto Maior.

- É evidente que as recentes descobertas na mina de lignite de Bilzingsleben na Alemanha mostram um vasto conjunto de restos deixados pelo "Homo Erectus" há uns 400 mil anos atrás. Descobriram-se ossadas do género Homo bem como restos de comidas, dardos com pontas afiados e até machados com facas de pedra coladas com pez de folhas de bétula, um produto químico nada fácil de fabricar a partir da destilação controlada de folhas da referida árvore.

- Assim, o «Homo Erectus», nascidos há mais de milhão e meio de anos em África, evoluiu na base da inteligência e da técnica, tendo dominado o fogo, curtido peles e caçado os grandes animais da tundra fria da Europa glacial. Tudo sem dominar a fala, emitindo apenas sons guturais. Desapareceu inexplicavelmente fora de África.

A Europa e partes da Ásia foram sendo povoadas a partir do continente africano por grupos de indivíduos do género Homo como o Homo antecessor, Homo heidelbergensis que não seriam mais que raças regionais do Homo Erectus.

Só muito poteriormente é que apareceu o primeiro Homo sapiens, igualmente vindo de África, o chamado Homem de Neandertal que também não dominava a fala, mas transmitia memes » pela extraordinária capacidade de imitação que o género Homo possuiu, realiazável pelas duas mãos livres associada à posição erecta e bípede.

- A fala, meus amigos, deve ter aparecida muito mais tarde; talvez há pouco mais de 50 mil anos em resultado de uma mutação que fez baixar a laringe e permitir modular os sons emitidos pelas cordas vocais das mais diversas maneiras. Mas, o modelo cultural já se tinha imposto ao género Homo, mesmo que quase mudo. Há quem diga que antes da fala havia já uma pré-escrita e que o Homo Erectus de há 400 mil anos deixou ossos de elefante com marcas e sinais que revelavam, entre outras coisas, algo que poderia ser um calendário lunar e possuiu mesmo uma espécie de altar ritual em que foram encontrados fragmentos de crâneos abertos artificialmente para extrair a massa cerebral. Faziam-no como um rito aparentemente sagrado ou por fome de fósforo. Pois é sabido que os componentes fosfóricos são determinantes para a inteligência humana e que o uso da mesma provocou uma certa carência de fósforo que resultou na utilização em grande escala do tutano dos ossos como alimento.

Os presentes ficaram boquiabertos com tais revelações do prof. Lopes da Silva.

Instalou-se o silêncio. O pessoal tinha de digerir esses novos memes antes de entrar de novo em comunicação. Diogo preparou-se para dizer algo e pediu a palavra.

 

 - É verdade amigos. O enorme cérebro do homem de Neandertal com cerca de 100 cm3 a mais que o nosso não foi capaz de conseguir as mesmas realizações do «homo sapiens sapiens» ou Homem de Cro-Magnon, apesar de não lhe faltar inteligência?

- Simplesmente porque tinha o palato muito baixo e a abertura entre a laringe muito reduzida, o que não permitia fazer entrar ar na traqueia de uma forma modulada. Mas, dizem os especialistas que os últimos homens de Neandertal teriam já evoluído no sentido de alguma fala e já exprimiam bastantes sons significantes.

Mesmo assim desapareceram e foi o «Homo sapiens sapiens» que, por razões puramente fisiológicas, inventou a fala.

Sim, mentalmente as espécies homo já poderiam ter falado há mais de um milhão de anos.

Nós os «sapiens sapiens» inventámos a linguagem oral e, principalmentente, a mentira. E com ela fizemos e fazemos muito. Juntamos populações em nações, impérios e religiões e conseguimos congregar esforços de milhões no domínio da natureza terrestre e, agora a iniciar-se, no domínio do espaço interplanetário.

Fazemos da mentira grandes verdades porque inventamos memes que se replicam e tornam-se reais, mesmo quando desprovidos de qualquer verdadeira materialidade.

Veja-se a ideia de Deus? Deus é, sem dúvida, um dos memes mais bem sucedido que a Humanidade inventou. Sim, a ideia de Deus e do Sagrado que nada tem a ver com uma realidade exterior ao Homem, mas que passou a existir em milhões de arquitecturas neuronais como se fosse algo de verdadeiro, comunicado directamente do «além» para o cérebro humano.

Ora, sabemos que os nossos neurónios não recebem comunicações inconscientes e fora dos meios sensitivos exitentes como visão, audição, olfacto e tacto.

- Mas em concreto o que são os memes ?- perguntou a jovem Mariana.

O professor Lopes respondeu com uma longa explicação, dizendo:

 - Costumo começar pelas teorias do filósofo norte-americano Daniel Dennet que descreveu todo o processo da evolução como um algoritmo, isto é, um processo mentalmente não muito complicado que uma vez seguido na sua ordem produz um resultado. Assim, Dennet descreve a teoria de Darwin como esquema criador de «design» a partir do caos sem uso da mente.

O objecto criativo tem de resultar quando milhões de criaturas durante milhões de anos produzem resultados em maior número que os de outros. Isto, graças ao processo replicativo da genética. E resultou. Por isso estamos aqui, agora para almoçarmos e depois continuarmos a discutir o que mais podem ser os memes .

publicado por DD às 21:23
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