O Homo sapiens sapiens tem efetivamente mais de 200 mil anos quando se admitia antes uma origem datada de uns 120 mil anos, mas curiosamente na imensa natureza de milhares de géneros e especies, nós, os sapiens sapiens, pertencemos a um único género e a uma única espécie. Se olharmos à nossa volta vemos que há milhares de espécies de borboletas e até as medusas têm numerosas espécies. Somos uma espécie eventualmente descendente do homo neandertalensis, homo erectus, homo ergaster, homo rudolfensis e homo habilis e australopeticídios, já mais primatas com alguns traços simiescos e e de há uns 7 milhões de anos. Todos que podem ter pertencido a uma mesma espécie capaz de se cruzar e cujas diferenças analisadas pelos paleoantropólogos podem ter a ver com as condições em que estavam os fósseis e pela forma como foram surgindo no nosso planeta. Um dos homo antigos com morfologia aparentemente diferente, o pequeno florensis não parece ser um outro sapiens. Apenas habitou um espaço reduzido e a seleção natural privilegiou a pequenez com o menor consumo de bens alimentares.
Muitas espécies tidas como nossos antepassados podem não ser mais que ramos extintos. Sabemos que na antropologia dos fósseis verifica-se que a cada nova espécie homo correspondeu a extinção de outra ou outras. Hoje, assistimos a um processo mais acelerado de extinções em que sobrevivem insetos, animais pequenos, bactérias parasitas do homo, etc e desaparecem os primatas antropoides e animais de grande porte. Enfim, não temos familiares vivos e se tivéssemos tido até ao início do colonialismo teriam já sido eliminados. Os carateres modernos do sapiens que nós somos existem em muito animais e, principalmente, em primatas e espécies fossilizadas. Geralmente conhecemos um caratere e concluímos daí umas ascendência especial. O homem, escreveu Yves Copens pode ter a ver com a influência ambiental e, como tal, ter tido espécies diferentes, mas eu acredito que o homem inventou-se a si mesmo a partir do momento em que foi capaz de comunicar por palavras com poucos sons audíveis e depois disso nunca mais foi capaz de se calar e a comunicação é a nossa primeira atividade. Lamentamos, contudo, a incapacidade de comunicação com seres de outros planetas ou mundos, parecendo que estamos só no universo e sós na filogenia zoológica dos géneros e espécies no habitat terrestre.
O telescópio Jess Web está a 1,5 milhões de km de distância da Terra no ponto de Lagrange que é onde a força da gravidade solar equilibra-se com a lunar, pelo que o telescópio fica estático.
há cerca de 10 mil anos nasceu a civilização na Suméria ou Mesopotâmia entre os rios Eufrates e Tigres, cujas inundações das margens irrigavam terras desérticas e as adubavam com restolhos vindos das montanhas a norte. Consta que uma das primeiras cidades foi Eridu governada por um imperador ou rei de nome Sargão. Aí nasceu a escrita, o cálculo e a observação das estrelas e inventou-se a hora com 60 minutos e o minuto com 60 segundos, o dia com 2 x 12 horas e o ano solar com 360 dias nos cálculos dos sumérios. O povo de entre rios começou a construir as torres denominadas Zigurates não apenas na babilónia como pretende a bíblia, tal como o dilúvio não foi mundial, mas apenas uma inundação maior que ligou os dois rios.
Nos zigurates os sumério instalavam observatórios mais altos, julgando que poderiam ver melhor as estrelas e o sol, tando colocado aí os primeiros relógios de sol. Utilizavam o cálculo sexagessimal porque entendia que o número 60 tinha especiais qualidade matemáticas, dado ser 2 vezes 30, 3 x 20, 4 x 15, 6 x 10, etc. Inventaram a escrita cuneiforme que outros da mesma zona fizeram dessa escrita um alfabeto cuneiforme. Enfim, o homo sapiens é o produto de mais de 2 milhões de anos de evolução desde os australopitecos.
Em menos de 10 mil anos o nosso género e espécie subiu o seu observatório estelar de umas dezenas de metros para 1,5 milhões de km e ainda chegará mais longe para colonizar exoplanetas adequados à nossa civilização. Não estamos no fim de nada, mas muito no início da descoberto do universo habitável.
Foto: Modelo do Zigurate de Eridu desenhado e construido pelos arqueólogos que o retiraram das cobertura de terra que o destruía lentamente.