Quinta-feira, 9 de Agosto de 2018

O climatologista

 

(Dieter Dellinger, 07/08/2018)

climatologista

O climatologista, Carlos da Câmara

Este climatologista da Faculdade de Ciências de Lisboa, Carlos da Câmara, disse que o fogo de Monchique era uma desastre anunciado por causa da imensa massa verde ou combustível ali existente.

Mas ao Observador não explicou como se acende uma massa verde grande ou pequena, pois o calor no Algarve e, em particular, na Serra do Monchique não foi superior ao verificado em todo o Portugal.

Porque não ardeu o Parque do Monsanto, algo anunciado na Assembleia da República pelo Curto no passado inverno?

É evidente que o climatologista não diz três coisas: 1) Como se acende a massa verde; 2) porque não arderam as muitas massas verdes e serras existentes por todo o Portugal; porque razão no ano passado ardeu Pedrógão Grande, Pinhal de Leiria, Sertã, registaram-se 16.450 incêndios no País e não ardeu Monchique com as mesmas temperaturas.

É óbvio que o Carlos da Câmara e o Observador (pasquim do PSD) querem politizar um incêndio sem explicarem quem o ateou.

Toda a gente sabe que o fogo só aparece por via de uma chama de uns 800ºC e nunca pela temperatura de 40ºC e é uma vergonha que um professor ou investigador da Faculdade de Ciências não saiba isso. Eu frequentei essa Faculdade, mas já sabia isso da temperatura do fogo do laboratório de química e física do Colégio Moderno.

Qualquer que fosse as massa verde existente na Serra do Monchique e nas outras serras do país só há fogo se alguém chegar uma chama violenta a uma parte da massa verde.

Os estúpidos do Observador julgam que o povo português acredita que um incêndio aparece por falta de ordenamento da floresta e salientam o caso dos eucaliptais das celulósicas que não ardem.

Claro, não ardem porque quem paga aos INCENDIÁRIOS não lhes deu ordens para isso.

Basta ver as estatísticas: em 2016 arderam cerca de 66 mil hectares; em 2017 foram 563 mil hectares queimados por INCENDIÁRIOS motivados pelo PSD e Magistrados que não levaram ninguém a tribunal para que Rui Rio possa dizer que com os fogos o Governo terá de ser demitido e o Rio passar a Primeiro Ministro com apoio do PS??????.

António Costa sabe que Rui Rio tem tanto conhecimento de incêndios e até de política como um drogado arrumador de carros e parece que o homem da Faculdade de Ciências deve estar ao mesmo nível.

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publicado por DD às 21:29
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História Secreta do PS - Como Sócrates foi empurrado para o Poder

Como diz o melífluo Lobo Xavier num dos separadores da Quadratura do Círculo, “há aqui muitas histórias mal contadas”. Sim, há muitas histórias por saber e por contar sobre a política portuguesa das últimas décadas. Este artigo ajuda a esclarecer alguns detalhes de acontecimentos que, vistos de fora, não foram, à época, muito bem entendidos. Mas que, vistos de dentro, ficam claramente elucidados em termos da sua ocorrência e posterior desenvolvimento. 

Se outra não tivesse, advirá dessa elucidação a valia deste texto. Obrigado Dieter.

Comentário da Estátua, 09/08/2018) 


Quando o então PM Guterres se demitiu da chefia do governo e da liderança do PS, Mário Soares era deputado ao Parlamento Europeu e foi com os outros deputados do PS ao PE, António Campos e Sérgio Sousa Pinto, ao gabinete do então comissário Vitorino para saber o que ele pensava. Vitorino colocou-se fora da corrida.

Ferro Rodrigues tinha ficado como Secretário-Geral do PS e estava também a ser vítima dos magistrados que colocaram o nome do político no processo Casa Pia porque Paulo Pedroso tinha sido assistente de Ferro Rodrigues quando este era professor no ISEC e alguém escrevinhou um reles papel sem assinatura a dizer que Ferro Rodrigues estaria implicado e o reles juiz de instrução, sabendo que isso não era verdade deixou que o papel fosse para o processo.

Mário Soares compreendeu que estava em causa uma operação contra o PS que, por falta de provas contra Paulo Pedroso, os juízes foram obrigados a condenar outras pessoas que nada tinham a ver com a política e, talvez, nunca foram pedófilos como se está a provar agora. Os ditos miúdos foram “indemnizados” (comprados) com boas quantias, pelo que disseram tudo o que queriam que dissessem.

Soares ficou aborrecido com a demissão de Guterres e disse que foi uma pena perder-se uma pessoa tão qualificada com uma vasta cultura e uma capacidade oratória notável e gritava no gabinete de Vitorino que era preciso encontrar um SG de qualidade e com mau feitio, isto é, capaz de se impor, digam o que disserem dele.

Guterres tinha um defeito, acrescentou, é uma pessoa boa demais. Não é capaz de se vingar dos que o atacam é um verdadeiro cristão e dá a outra face, precisamos de alguém com qualidades e que tenha mau feitio e saiba impor-se, principalmente na administração pública em que muita gente julga que a liberdade democrática é fazer o que se quer ou não fazer o que deve ser feito.

O Sérgio lembrou o nome de Sócrates e Soares ficou eufórico porque conhecia a determinação dele como Ministro do Ambiente. Combinaram meter-se num avião e vir jantar com o Sócrates num pequeno restaurante perto da Boca do Inferno em Cascais. O Soares estava a chegar ao restaurante quando ouviu na rádio que o filho João se tinha candidatado a SG do PS mas disse que apoiaria o Sócrates e que era o SG com o feitio e a necessária capacidade de ação, mas voltava para casa desesperado com atitude do filho. Jantou o António Campos e o Sérgio com o Sócrates garantindo-lhes o apoio do Mário Soares.

Na verdade, todos estavam de acordo que tinham o homem certo com todas as qualidades de um grande político e um péssimo feitio, capaz de ter fúrias quando aquilo que mandou fazer não é feito. E fez um notável trabalho no ambiente ao acabar com mais de 300 lixeiras a céu aberto, substituindo-as por poucas centrais de tratamento e compostagem de lixos que nenhum concelho queria receber e ter iniciado o reordenamento da costa portuguesa, mandando deitar abaixo milhares de construções clandestinas de enchiam as melhores praias do País.

O eng. Sócrates na Boca do Inferno não deixou que lhe repetissem a proposta e pôs-se logo a trabalhar com aquele vigor que tanto o caracterizou. Mal sabia que a prazo se iria meter num Inferno apesar do seu bom Governo, mas a magistratura não perdoa que alguém que ganhe eleições e venha da esquerda. Eles odeiam a democracia.

Sócrates era o homem de “mau feitio” que a Pátria necessitava, dado que até a Igreja Católica atacou o católico militante Guterres por não ter querido cumprir a Lei da Programação Militar, comprando submarinos, caças F-16 e novas armas automáticas para substituir as G-3. O major-general capelão das Forças Armadas tinha feito essa crítica numa entrevista à rádio. Anos depois, noutra entrevista, mostrou-se arrependido e disse que não competia à Igreja querer armas para matar pessoas. Foram generais e bispos que lhe encomendaram o sermão.

Depois, os fundadores almoçaram com ele num restaurante perto das Janelas Verdes para mostrar que as mais profundas bases do PS estavam com o jovem candidato.

Sócrates com a sua energia e imensa capacidade oratória e cultura política ganhou o Congresso e as eleições que se seguiram, apesar do o Santana Lopes ter inventado a intriga do Freeport através do seu chefe de gabinete mancomunado com dois pulhas, um inspetor da PJ e um deputado municipal do CDS do Montijo. Já não havia meios para meter Sócrates também no processo da Casa Pia que ficaria todo desacreditado, apesar de me dizerem que ainda tentaram com um escrito anónimo.

publicado por DD às 21:17
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