Em 2014 trabalhavam no mundo global cerca de 15 milhões de cientistas e investigadores nas mais diversas ciências e na procura de inovações por qualquer preço. Por ano estão a entrar no mundo da ciência quase um milhão de novos cientistas e técnicos inovadores e nunca se criaram tantas startups, empresas para desenvolverem novas ideias. Nunca na História da Humanidade se investigou tanto e foram feitas tantas descobertas. Ainda no fim do século passado não tinham sido detectados praticamente nenhum exoplaneta e hoje conhecem-se quase duas centenas, sendo 11 planetas rochosos em órbitas tidas como habitáveis. É evidente que o destino da Humanidade será a colonização da Galáxia, mas provavelmente durante muitos anos apenas por pequenos robots com inteligência artificial e comunicação com a terra accionados por motores de fusão nuclear capazes de acelerarem os seus veículos de transporte a velocidades muito próximas da luz.
Também no domínio das energias, há mais de uma centena de projetos grandes e pequenos de fusão nuclear e alguns de produção de hidrocarbonetos sintéticos a partir do CO2 atmosférico e de fotossíntese artificial semelhante ao que fazem as plantas. Para ale disso descobriram meio de extração de petróleo em quantidades gigantescas e sabe-se que há gás natural para séculos de consumo e os mais idosos de entre nós recordam que em 1972/73 o então famoso Clube de Roma advertia que nos primeiros anos do Século XXI as reservas de petróleo estariam esgotadas quando até nos poços abandonados há muitos anos se descobriam que tinham voltado a encher-se de combustível fóssil.
A inovação não se limita às novas tecnologias, mas também ao “design”, modelagem, organização do trabalho e marketing. Em 2014, foram aceites 2,7 milhões de patentes quando sete anos antes não chegavam ainda ao milhão.
Com tudo isto as condições de vida das populações do Mundo deveriam ter melhorado e não foi isso que aconteceu. Aparentemente, o desenvolvimento trouxe mais emprego em países de mão de obra extremamente barata como China, Índia e outros e desemprego ou empregos a meio tempo e precários na Europa, EUA, etc. Hoje, 5 pessoas podem elaborar as faturas de uma grande empresa quando nos anos 80 do século passado eram necessários 300 trabalhadores.
Mas, o retrocesso não é só nas condições de trabalho pois de uma forma geral a política, os economistas e os empresários estão a andar para trás. Há empresas como Apple, Google, Facebook, Pfizer, Monsanto e outras que acumularam somas astronómicas sem pagarem impostos porque depositaram os ganhos em países como Holanda, Irlanda, Ilhas Virgens, Bahamas, etc. e nos EUA e Europa vivem de créditos a juros baixos. Só a Apple tem de lado 225 mil milhões de dólares, portanto, mais que o PIB português.
Por outro lado, com tanto desenvolvimento, os políticos europeus cortaram o acesso das populações à moeda e, como tal, à melhoria do bem-estar. Com isso, a par do progresso, este ano começou com a maior crise bolsista de sempre. Nunca num período tão curto de pouco mais de mês e meio as acções das empresas cotadas caíram tanto. Nunca houve uma tão grande diferença entre bilionários e classes médias e pobres e também nunca os grandes oligarcas perderam tanto dinheiro, mantendo mesmo assim as suas imensas fortunas e as diferenças com o resto da população. Um por cento da população mundial possui mais que os restantes 99%.
No campo do pensamento não científico há um retrocesso tremendo. Reapareceram crenças político-religiosas arcaicas e economistas e políticos defendem o fim do Estado social quando as ciências biomédicas inventaram os mais fantásticos aparelhos de investigação patológico, medicamentos miraculosos e as grandes empresas do sector passaram a ter acesso aos mercados mundiais sem barreiras significativas. O coração artificial está para breve ao mesmo tempo que os políticos querem ver as chamadas “pestes grisalhas” mortas.
O pior de tudo é a criação de um conjunto de situações conflituais que podem conduzir a uma guerra muito generalizada sem que hajam verdadeiras diferenças e problemas entre nações desenvolvidas. Há apenas povos que se querem libertar com toda a justiça de ditadores de longa data e ditaduras dinásticas em países geralmente atrasados.
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