Em 2011 a população do nosso Planeta alcançou os 7 mil milhões de habitantes. Agora está nos 7,4, pelo que cresce a um ritmo de uns 100 milhões por ano e que corresponde quase ao número de Homens tornados inúteis neste nosso Mundo.
Vivemos cada vez mais na era do Homem (e Mulher) inútil que na maior parte do Mundo são os camponeses sem terra do Brasil, a imensa população dos bairros de miséria de Mumbai e Calcáta e parte dos 11 milhões de... habitantes das 23 mil favelas brasileiras mais uma imensa população rural africana que finge não ser inútil por cultiva um pouco de mandioca e criar algumas galinhas.
Mas, na Europa e, em particular em Portugal, o homem inútil não é só o dos bairros sociais, é também o homem ou mulher com cursos superiores, mestrados e até doutoramentos que chegam aos 35 anos de idade sem encontrarem um emprego digno.
A robotização, a racionalização e a transformação do cliente em trabalhador da empresa que explora toda a gente deu origem a essa imensa população de inúteis com talento e contrariados a que se junta a "peste grisalha" tornada cada vez mais inútil por sistemas não compensatórios dos descontos que fizeram.
Os inúteis são os supérfulos, inexploráveis, supernumerários, ignorados, rejeitados, excluídos e até odiados. O capitalismo não necessita destes humanos com muitas capacidades de trabalho e até com vastos conhecimentos. Por vezes são trabalhadores precários em determinados períodos do ano ou nalguns trabalhos eventuais, mas geralmente vivem do fundo de desemprego ou do apoio familiar ou do nada como bancos alimentares, pedincha e dormem ao relento.
No Lumiar, junto ao Mercado há uns que dormem debaixo de um taipal e "montaram casa"; dormem num banco longo de cimento e têm já mesa e cadeiras para refeições. No mercado arranjam alguns alimentos que estão no fim do período de conservação.
A política de austeridade criou 40 milhões de pessoas tonadas inúteis pelas sociedades lideradas pela política germânica da Senhora Merkel e dos políticos da direita. Pessoas presas em ratoeiras diversas. No conjunto dos países da OCDE serão já uns 500 milhões ou mais.
Em França, os jihadistas são essencialmente jovens tornados inúteis. No Daesh com uma Kalashnikov nas mãos tornam-se uteis ou julgam que se tornaram. A grande lição da História é que há sempre um preço a pagar para se ser egoísta, mau, explorador, gatuno, político de direita que colocou o Euro (ou outra moeda) no lugar de Cristo.
Recomendo a leitura do livro "L'Homme Inutile" de Pierre-Noel Giraud. Edition Odille Jacob 2015.
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