PRELIMINAR
Histórias, histórias, sempre histórias!
Para o contador de histórias, contador de tudo o que vê, ouve e lhe vem à cabeça, a pequena novela é, sem dúvida, o instrumento ideal. Até porque não bloqueia o quase impossível fim de uma obra mais vasta. Em termos de novela curta, "novela de corto plazo", como dizem os espanhóis, as histórias podem suceder-se numa aparente independência umas das outras, fazendo, contudo, parte de uma mesma narrativa romanesca. Aqui, é o avô a iniciar o périplo real ficcionista, seguir-se-ão outras histórias na sequência de um Século de vidas cada vez mais fantásticas, mesmo que inseridas na realidade. O final deste trabalho prefigura a ideia de continuidade, adiantando a novela seguinte, sem dar por finda a real ficção dos confins da Rússia siberiana às praias atlânticas deste Ocidente peninsular. E mais histórias para contar até esgotar a memória imaginativa. Histórias para ler de um trago e vistas cerebralmente sem interrupções para compromissos publicitários. Histórias da vida num Século que teve de tudo, no qual o fantástico saiu mais das fábricas da realidade que da mais imaginativa das mentes.
Enfim, histórias, histórias tão necessárias à mente humana, mas cada vez mais monopolizadas pelo meio televisivo que vai satisfazendo as necessidades em imaginário de todos os cidadãos, deixando para trás a palavra lida e, naturalmente, as histórias recriadas mais lentamente pelo leitor.
Aqui, o que se pretendeu foi contar uma história sem lições ou exemplos a seguir ou deixar de seguir. A personagem é múltipla na sua realidade fantástica a dizer que se pode ser isto ou aquilo sem temer os juízos de qualquer mundo. Juízos que deixam de ter cabimento neste fim de Século que permite a retrospectiva pensante e o juízo de que afinal tudo aconteceu, ninguém teve razão, ninguém ganhou, ninguém terá perdido totalmente, a não ser, infelizmente, milhões de vidas sacrificadas inutilmente às fúrias dos poderes instalados ou emergentes. O Século está a acabar na incerteza de talvez não ter deixado nada à imaginação do futuro. Nestes cem anos tudo terá sido vivido, escrito, dito, pensado e realizado, o pior e o melhor? Talvez? Esperemos que não.
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